Loja Virtual Moda e Styles

terça-feira, 23 de junho de 2015

Fôlego de Menina




Betsey Johnson, mais de 50 anos de moda, continua um sucesso

Há 50 anos a estilista Betsey Johnson _ meio rebelde, meio líder de torcida _ saiu do sempre apropriado Connecticut para Nova York. Ela chegou em Manhattan, em 1964, com um convite para trabalhar na redação da revista "Mademoiselle" (Betsey estava em boa companhia: Joan Didion e Sylvia Plath a antecederam). Mas essa não era a cidade pela qual ela procurava. Hospedada no Hotel Barbizon, exclusivo para mulheres, ela sabia que havia uma outra Nova York. Betsey rapidamente descobriu a nova boemia que estava substituindo a cena folk da rua Macdougal. Betsey estava em casa.
Esse mundo, um tanto imoral e confiante no valor redentor do perigo, coincidiu com o início de uma nova marca de roupas chamada Paraphernalia. Betsey Johnson, com um corte de cabelo assinado por Vidal Sassoon e camadas de cílios postiços, tornou-se a designer (e estrela) da marca. Seus vestidos eram como contos de fada para as meninas que cultivavam um lado mais selvagem. Edie Sedgwick era modelo de prova. Julie Christie, uma ávida consumidora.

Betsey Johnson, agora com 72 anos, diz que uma viagem a Londres mudou tudo. Ela ficou excitadíssima com a loja da Biba ("tão sexy, desafiadora e romântica"), comamdada pela estilista polonesa Barbara Hulanicki. Como era comum na época, esperou por duas horas na fila e se deslumbrou com os chapéus eduardianos, os vestidos glamourosos e femininos apelidados de "Elvira Madigan" em referência à equilibrista dinamarquesa, as luvas com estampas art noveau e as camisas de gola rolê justas feitas de lurex.
Na Paraphernalia, o primeiro sucesso de Betsey foi um conjunto de três minisaias de nylon ( as cores eram rosa fosforescente, verde e amarelo) que vinham em uma daquelas latas onde são guardadas as bolas de tênis. Depois veio a jaqueta de motociclista prata. No fim dos anos 60, vestir uma peça assinada por Betsey garantia a entrada no círculo das periguetes da elite nova-iorquina.
_ Quando eu atravessava na esquina da rua 39 com a First Avenue usando uma minissaia da Betsey, os motoristas de caminhão ficavam loucos. _ lembra a atriz Ali MacGraw. _ Nós éramos muito diferentes das damas deprimidas da alta sociedade, que vestiam Courrèges e copiavam a postura corporal de Diana Vreeland.
A escritora e pintora Viva Hoffman, que naquela época era musa e superestar de Andy Warhol, afirma:
_ Todo meu guarda-roupa era assinado por Betsey Johnson. O vestido de veludo preto com um decote enorme? Eu vivia nele.
O tricô turquesa? Viva Hoffman conta que vestia exatamente esta peça quando beijou Rudolf Nureyev dentro de uma cabine telefônica.


Sheila Weller
Do New York Times
Fonte:  Ela - O Globo

Um comentário:

  1. Se eu chegar assim aos 50 tô satisfeita...hehehe'
    Adorei *-*
    pimentinhacriativa.blogspot.com

    ResponderExcluir