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terça-feira, 21 de junho de 2016

Rio Moda Rio encerra primeira edição superando expectativa em número de público no evento


Mais 22 mil pessoas circularam em três dias de evento no Píer Mauá que inaugurou o conceito de “veja agora e compre agora” no Brasil

A moda brasileira ganhou um novo formato de apresentação com o Rio Moda Rio, realizado de 14 a 18 de junho, no Píer Mauá, no Rio de Janeiro. O evento teve início com uma grande homenagem ao setor, com desfiles de marcas conceituadas da história da moda do país — Georges Henry, Maria Bonita Company e Yes, Brazil! — e a participação de nomes como Sylvia Pfeiffer e Xuxa, que não pisavam nas passarelas há muitos anos. Durante três dias um novo conceito foi apresentado, especialmente ao público, que pela primeira vez pode acessar a um evento de moda (antes fechado apenas para convidados). Toda esta mistura de experiências resultou em um público de 22 mil pessoas, um número inesperado pela organização para esta primeira edição.

Para Duda Magalhães, diretor geral da Dream Factory, empresa realizadora do evento junto com a L21, o Rio Moda Rio chegou em um importante momento para a Cidade e para o setor de moda. “Em um momento de crise, fomentar este setor da indústria é muito importante para resgatar o poder de negociação do segmento. Esta foi apenas a primeira edição e já com resultados interessantes para todas as partes. A possibilidade de comprar parte do que foi apresentado nas salas de desfile trouxe para as marcas um ponto de vista diferenciado”, garante Duda já fazendo planos para a segunda edição.

Já Luis Calainho, da L21, garante que a aposta foi certeira. “Respirar além das passarelas trouxe um novo fôlego para a moda e para o público, que pode, pela primeira vez acessar um evento deste porte. Queremos democratizar a moda e reforçar a importância da indústria criativa para o mercado como um todo. A moda está presente na vida de todo mundo, basta olhar a nossa volta. Por isso, o Rio Moda Rio chega como um grande movimento e não apenas como uma semana de moda”, afirma Calainho, lembrando que ao longo de todo o ano serão realizadas diversas ações que completam este quebra-cabeça da moda, contribuindo para a perenidade desta plataforma, como o Prêmio Rio Moda Rio e o edital de novos estilistas.   

Entre as novidades trazidas pela Dream Factory e L21, empresas realizadoras do evento, em parceria com Gringo Cardia e Felipe Veloso, supervisores de cenografia e de styling, respectivamente, estavam as salas de desfile, transformadas em espaços de apresentações, com formatos variados a cada entrada de estilista. 

"Foi verdadeiramente emocionante ver um conceito novo de apresentação de moda surgindo, visando a emoção, o lúdico e o encantamento. As pessoas voltaram a se surpreender e isso foi lindo! A cada apresentação nas salas, um formato diferente, realçou a identidade criativa de cada estilista e isso foi um enorme acerto. Foi um belo momento na história da moda brasileira!", revela Carlos Tufvesson, curador de moda do evento.
 
Outra conquista para as marcas foi a criação das Pop Up Stores, com venda de 20% de produtos apresentados nos desfiles e que trouxeram um “tasting” de um novo conceito mundial, o “See Now, Buy Now” (Veja agora e compre agora), oferecendo novas possibilidades para o consumidor e dando um termômetro da coleção para o estilista. Houve ainda o espaço Experimente, com marcas que colocaram produtos à venda e que puderam conviver com o público diretamente e apresentar suas peças, atraindo a atenção de quem passava pelo evento. 

Fora das passarelas do Píer Mauá, uma gastronomia variada e de qualidade fizeram sucesso e os shows de Johnny Hoocker, Dughettu e Tiê prenderam a atenção de quem passou. Além disso, palestras e talkshows, entre uma apresentação e outra, completaram o variado mix de ações realizadas pelo Rio Moda Rio e fizeram o público mergulhar nas tendências e discussões mais atuais que circulam no mundo da moda, como beleza para todos os gêneros, caminhos já percorridos pela nova geração de influenciadores digitais, influências da moda de rua para as grifes tradicionais e até economia criativa. 

No talkshow promovido pela Revista Elle, o assunto que atraiu o público foi as diferentes maneiras que a streetwear e o sportswear influem no mercado de luxo. Felipe Veloso, coordenador de backstage das performances do Rio Moda Rio, provocou os visitantes e trouxe para o debate a importância deste movimento. "O que as pessoas estão vestindo nas ruas, seus estilos, trazem autenticidade e as marcas já perceberam isso. Dessa forma, alcançam todas as camadas de consumidores," ressaltou Veloso. Sobre o panorama atual, o stylist ainda reforçou que a moda precisa se aproximar das artes, dos movimentos sociais. "Ela precisa deixar de ser 'apenas' moda! As pessoas querem voltar a ter o encantamento por ela. E um evento como Rio Moda Rio é isso, ele é capaz de alimentar a alma", disse entusiasmado. 

Já a palestra comandada pela Firjan, patrocinadora do Rio Moda Rio, com o tema 'Economia Criativa e a indústria da Moda', chamou a atenção de quem pensa em empreender neste meio. Fundadora da Salinas, Jacqueline Di Biase contou como a marca começou e o que mudou até os dias de hoje. "Tínhamos duas máquinas de costura. Não planejávamos nada, tudo aconteceu na pura intuição. Hoje, as coisas são diferentes. Para dar certo e alcançar novos patamares, unimos as planilhas ao que fez tudo acontecer lá trás, ainda nos anos 80, a criatividade. Esse é o conselho que eu dou a vocês que estão começando, se planejem e saibam dar o tempo necessário para seu negócio maturar," aconselhou Jacqueline.

Sobre a participação no evento, Carlos Ieker, coordenador do Fórum da Moda do Sistema FIRJAN, garante que “essa primeira etapa do Rio Moda Rio mostrou a força que a indústria da moda fluminense tem. O setor, que é tão significativo para a economia do estado, voltou a ser celebrado de forma grandiosa. O mais importante é que o estímulo à geração de negócios será mantido com as ações a serem realizadas ao longo do ano todo”, diz lembrando que o Rio Moda Rio terá inúmeras ação ao longo de todo o ano, não se restringindo apenas a uma semana.
A Natura, outra marca patrocinadora do Rio Moda Rio, também levou para o evento um ciclo de palestras e shows. A cada dia um tema e um artista diferente chamavam atenção de quem passou pelo espaço. 

“O Rio Moda Rio tem muita conexão com a visão da Natura de que a moda é uma manifestação cultural, que se materializa no universo criativo dos estilistas e nas ruas. A proposta de transformar os desfiles em intervenções artísticas e, ao mesmo tempo, oferecer ao público um ambiente que se conecte com o life style e comportamento carioca vai ao encontro da nossa estratégia e materializa a beleza viva de que estamos falando”, afirma Denise Figueiredo, diretora de marca e consumidor da Natura.

Para falar do negócio como um todo, desde planejamento até a rentabilidade, o Sebrae, um dos patrocinadores do evento ofereceu sua consultoria para novos empreendedores. De acordo com dados do Observatório do Sebrae de 2015, foi registrado um aumento de 14% no número de trabalhadores autônomos no setor de tecidos, vestuário e calçados no Estado do Rio. Considerando empreendedores do comércio que empregam uma ou mais pessoas, registrou-se um crescimento de 16,2% no mesmo período. Para Fabiana Leite, coordenadora de Moda da instituição, o evento aconteceu num momento de importante crescimento no setor, aproximando o varejo à indústria. “Durante os três dias, foi visto um grande número de pessoas que buscam empreender. A maior parte tem uma ideia boa, conta com muita criatividade, mas é insegura a respeito de plano de negócios, não sabe como controlar financeiramente ou como usar o marketing a seu favor. Por isso, informação e treinamento são tão importantes para eles, ” analisou a coordenadora. 

Público foi convidado a fazer parte do movimento dentro e fora do evento

Durante os três dias de evento, a organização do Rio Moda Rio ofereceu a possibilidade de o público externo acompanhar de perto tudo o que rolou nessa atmosfera Fashion, que misturou apresentações (desfiles), palestras, gastronomia de qualidade, shows e exposições. É que o público que passou pela Praça Mauá pode assistir em um telão instalado no centro da praça, ao vivo, aos desfiles, palestras e shows. O objetivo era democratizar o espaço a partir de um modelo bem simples: “chegar, ficar à vontade e acompanhar”. 

Numa verdadeira ocupação do espaço urbano, durante o Rio Moda Rio, a que vai receber o maior evento esportivo virou a Cidade da Moda. Apresentações de coleções foram feitas no Museu do Amanhã, na ALERJ (Palácio Tiradentes) no MAR (museu de Arte do Rio) e na Praça Mauá, além das salas no Píer Mauá.
 
No dia 18, para encerrar em grande estilo, a estátua de Mem de Sá, na revitalizada Praça Mauá, se transformou em uma passarela única, onde 26 modelos vestiam looks de estilistas que apresentaram suas coleções. Na trilha sonora, artistas do musical Bossa Nova embalaram canções exaltando o Rio de Janeiro, como Garota de Ipanema, de Vinícius de Mores e Tom Jobim, e Ela é Carioca, de Chico Buarque.

O desfile, que chamou a atenção de todos os visitantes que passeavam pela Praça Mauá, começou antes do pôr do sol e foi a primeira vez que muitas pessoas assistiram um desfile de moda.

“Foi uma iniciativa muito legal da organização de proporcionar um desfile para o público. É uma experiência única para os visitantes e modelos foram avisados que poderiam ter uma interação com o público”, afirma Felipe Velloso. “As pessoas que estavam presentes tinham um interesse contemplativo da cidade, muitas não contavam se deparar com uma ação dessa magnitude. Foi um presente para o público”, complementa Felipe.

Foram apresentados dois looks dos estilistas Patricia Viera, Martu, Guto Carvalhoneto, Maria Filó, Mara Mac, Isabela Capeto, Andrea Marques, Alessa, Ivan Aguilar, Osklen, BlueMan, Lenny Niemeyer e The Paradise, que elegeram as peças que mais representam suas coleções. Quem assinou a beleza foi a maquiadora Carla Biriba, que se inspirou nos anos 80.

Nas passarelas, grifes apresentaram suas coleções em salas com formatos variados

Durante três dias, 14 marcas se apresentaram no Rio Moda Rio. Três delas fizeram desfiles externos, como a Osklen, no Museu do Amanhã, novo marco arquitetônico da cidade; a Maria Filó, que exibiu sua coleção no MAR (Museu de Arte do Rio); e Ivan Aguilar, na escadaria do Palácio Tiradentes, a sede da Assembleia Legislativa. 

Veja o que aconteceu dia a dia

Dia 15 – Patrícia Vieira abriu o Rio Moda Rio com sua coleção Cruise, de inspiração cubana. O couro, material constantemente reinventado pela estilista, mais uma vez surpreendeu em versões leves e recortadas com ares de rendas e tules. A Martu, marca carioca criada pela estilista Marta Macedo em 2006, fez sua estreia nas passarelas, apresentando uma roupa de festa desconstruída, essencialmente cool, para a mulher contemporânea. Na sequência, Lino Villaventura mostrou seus bordados coloridos, desta vez com pompons e borboletas projetados sobre os vestidos.  Para fechar o dia, outro estreante, Guto Carvalhoneto mostrou sua ode à estranheza, subjetiva e conceitual, levantando a plateia com referências do cangaço ao glamour da elite carioca nos anos 40.

Dia 16 – A moda feminina imperou no segundo dia do Rio Moda Rio. A programação começou no MAR, Museu de Arte do Rio, com a apresentação da Coleção 18 da Maria Filó, uma celebração do aniversário da marca com ênfase no tricô. Inspirada pelos oceanos, Mara Mac fez o primeiro desfile do dia no píer, traduzindo a leveza do mar em sobreposições, mix de texturas e toques geométricos. Depois, veio Isabela Capeto com uma amostra de seu primor handmade, desfilado em passarela que tinha forma de círculos e cenografia feita com peças de coleções antigas. Andrea Marques fez uma homenagem poética à cidade do Rio com linhas curvas que lembravam o desenho dos calçadões, flores e gaivotas sobre tecidos leves, plumas e franjas. Alessa encerrou as apresentações do dia com inspiração Art Nouveau e papeis de parede com temas botânicos e florais do século XIX.

Dia 17 – O último dia do Rio Moda Rio começou com duas apresentações em cenários de cartão postal da cidade. Estilista mineiro radicado no Espírito Santo, Ivan Aguilar coloriu as escadarias do tradicional Palácio Tiradentes com uma coleção inspirada em Beatriz Milhazes. Ao pôr do sol, a Osklen desfilou no Museu Amanhã seu Verão 2017, fazendo do cenário um show à parte. A inspiração era “Monbupurih”, lugar imaginário onde o céu e o mar se encontram em azuis infinitos, exatamente como o espelho d´água do museu naquela tarde. De volta ao píer, a Blue Man fez uma performance vibrante com sua divertida estamparia digital mesclada a técnicas artesanais como macramê, tranças e franjas. Ao lado da passarela, uma reprodução da fábrica da marca simulava o processo de criação do biquíni. O show terminou com uma apresentação do Dream Team do Passinho. Lenny Niemeyer mostrou coleção inspirada pelo trabalho de Nobuyoshi Araki em torno de um jardim japonês. A The Paradise, de Thomaz Azulay e Patrick Doering, que também fazia sua estreia nas passarelas, fechou o evento com um desfile de mil e uma estampas em clima de Sherazade e influência orientalista.


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