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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Merchandising Sensorial



O merchandising sensorial traduz como o corpo reage aos estímulos sensoriais.
O ser humano tem ainda dentro de seu DNA o instinto caçador e sempre busca algo além da visão e, hoje, mais que nunca devemos aproveitar todos esses sentidos para serem utilizados no marketing.
Pensando nisso, é que nas vitrinas sensoriais se procura, além da cenografia, adicionar algumas dessas estratégias que são aproveitadas no composto marketing versus merchandising, pelas grandes marcas.
Os cinco sentidos são estudados e utilizados para apreender a atenção do consumidor. Em conjunto com outros elementos como a matéria, a textura, a música e o odor eles aproximam o observador da vitrina pela curiosidade.
As cinco palavras que resumem o merchandising sensorial são: identificação, engajamento, conectividade, integração dos meios e "sharing experiences".
Nunca foi tão importante explorar todos os sentidos para gerar experiências de marca nas quais o consumidor possa dividir com os amigos e nas redes sociais o que se passa nas lojas.
A experiência de marca pode transformar o consumidor num porta-voz.
Como aplicar o marketing sensorial no dia a dia de seu negócio? Ou como transformar seu ponto de venda num templo de experiências da marca? Como explorar os cinco sentidos nas vitrinas?
Colocar sensores nas vitrinas que no momento em que o observador se aproxima fazem com que toque uma música é uma opção. Furinhos na base das vitrinas pelas quais de vez em quando sai um perfume é outra forma de atrair o passante sem anunciar. A iluminação é outro fator importante.
Printemps em Paris para o Natal, ou a vitrina da Lanvin e da Mischino são bosn exemplos no assunto.
A textura de tecido, o cheiro das rosas, a sensação da neve, o efeito que faz referência à festa, tudo isso pôde ser sentido nesta cenografia de baile dada pela vitrina, chamada "Le Bal" concebida pela Dior para o Natal na loja Printemps. Os manequins, todos vestidos com tailler emblemático da Dior, apresentam uma cenografia real, há maquetes com os telhados de Paris e até a viagem com os balões é evidenciada, mas sempre com a logomarca da Dior presente e a música francesa embalando este conto de fadas.
A Mochino monta um carrossel dentro da loja e é também o que se vê do lado de fora da vitrina. Um brinquedo de crianças e adultos que gira sem parar e que leva dentro roupas, biscoitos e enfeites de Natal gigantes. Nova maneira de relacionar um mundo mágico com movimento e música relacionada ao tema.
A Lanvin cria uma vitrina tropical na qual os manequins estão submersos de vegetação e o ruído de pássaros silvestres emana nesta cenografia simples, na qual, visualmente, podemos sentir o sufoco da mata atlântica, a umidade e o calor.
Cor, matéria, brilho, textura, som e odor são os elementos necessários para criar vitrinas que além da visão atraem nossos sentidos.
Simples detalhes que atraem o consumidor, este homem caçador que se encontra no fundo de nossos ser.

Fonte: Sylvia Demetresco (doutora em comunicação e semiótica pela Puc/SP)

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