Chanel libertou a mulher das faixas e cintas
dos corpetes apertados das saias amplas de múltiplos babados e franzidos do fim
do século XIX e começo do século XX.
Em 1916, ela introduziu na alta costura o
jérsei de malha estreita, os trajes de tecidos xadrez à moda escocesa, com
blusas de malha fina, as calças de boca de sino, as jaquetas curtas e os
casacos cruzados na frente e acinturados em estilo militar.
O vestido negro, simples, com gola e mangas
largas e punhos, a jaqueta de corte reto e a saia simples foram inovações de
Chanel. No dia em que, cedendo a um impulso, cortou os cabelos, surgiu uma moda
que se difundiu rapidamente de forma sensacional.
Seus modelos simples, ao alcance da mulher
de bom gosto e de poucos recursos, foram muito imitados e confeccionados em
mais categorias de preços do que qualquer outra criação da alta costura.
E como se isso não bastasse, milhões de
mulheres que nunca se vestiram ao estilo Chanel ouviram seu nome quando, em
1922, lançou no mercado um perfume que ainda goza de grande popularidade: Chanel nº 5. Esse número foi escolhido de
propósito, pois acreditava que trazia sorte. E foi esse perfume, na realidade,
o mais firme esteio de sua fortuna, afirma-se que se vende mais que qualquer
outro em 140 países. Foi a primeira a unir a costura ao perfume e às jóias.
Esta pequena “revolução” surpreendeu muito
as elegantes da época que só perfumavam com essências naturais como o Clavel.
Em 1930 possuía uma fábrica de perfumes e outra de têxteis. Empregava 2.400 que
trabalhavam em 26 fábricas.
Chanel: “ A roupa deve ser, antes de tudo, cômoda e
prática. É a roupa que deve adaptar-se ao corpo e não o corpo que deve
deformar-se para adaptar-se à roupa”.
Com estilo e elegância, Gabrielle “Coco”
Chanel revolucionou a década de 20, libertando a mulher dos trajes
desconfortáveis e rígidos do final do século 19. Um verdadeiro mito, Chanel reproduziu
sua própria imagem, a mulher do século 20, independente, bem-sucedida, com
personalidade e estilo.
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