É uma carioca intelectual, a garota/mulher da Sacada por Priscilla
Darolt. Sabe achar graça no efeito reticulado dos quadradinhos
estampados em seus tops, vestidos e calças pantalonas curtas, porque a
fazem lembrar da mesma técnica usada por Roy Lichenstein, artista pop
que conhece bem. Gosta das pinceladas de tinta na roupa, como se
estivesse carregando uma tela recém-pintada e inacabada. Se fosse só
isso, não teria graça suficiente, mas tem mais. Além de referências
artísticas, a coleção também flerta com a sensualidade nas peças com
recorte de bustiê, ombros à mostra, corpo delineado nos tricôs para os
momentos em que, além de pensar, se quer seduzir.
Na segunda coleção para a grife, Priscilla continua seu exercício de
recortes nas roupas com inúmeros vivos. Desta vez, os frisos criam um
efeito de esboço de desenho interessante. Com apreço por combinações de
tons marcantes, como o marinho com o vermelho, a estilista tem seus
melhores momentos nos modelos em que a suavidade impera, deixando que
sua precisão de design apareça em detalhes deliciosos como bolsos, alças
e caimentos. Com perfume sessentinha, a linha A aparece em alguns
vestidos na estampa floral com o reticulado e nas boas listras pbs.
Destaque para os macacões, vestidos longos e pantalonas curtas.
(CAROLINA VASONE)
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