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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Exposição : Yes! Nós temos biquini no CCBB






















Ministério da Cultura e  Banco do Brasil apresentam Yes! Nós temos Biquíni, exposição sobre uma das peças mais icônicas  do vestuário feminino e o seu papel na emancipação da mulher.
Organizado por Lilian Pacce, a mostra reúne obras diversas, entre fotografias, pinturas, desenhos, instalações, artefatos históricos, material iconográfico e peças  de vestuário. Performances, oficinas, debates e um ciclo de cinema estão também  incluídos na programação, que aborda a transformação da moda praia e  sua relação com quebras de paradigmas culturais. A exposição mostra a evolução  do traje de banho desde o século 19 até os dias  atuais, com roupas  originais e provenientes de acervos nacionais e internacionais.
Com a realização deste projeto, o Centro Cultural Banco do Brasil reafirma o seu apoio  às artes visuais e contrubui parra a discussão de temas  relevantes, como a  liberação  feminina e  a  imposição de padrões  de beleza e  de  comportamento social.
Centro Cultuural Banco do Brasil

Yés! Nós Temos Biquíni explora as conexões  entre moda, arte,  comportamento  e história  à partir do  final do século 19, quando  ir à praia  era como tomar remédio tinha apenas função terapêutica. Desde  então, a praia se tornou  um espaço  democrático  de  lazer, onde convivem jovens  e velhos, ricos e pobres, magros e gordos, atletas e sedentários, branquelos, bronzeados e  gente de  todas as cores com seus "corpos de praia".
Acima de tudo, a exposição pretende  mostrar a força da menor peça do vestuário feminino:  o biquini. E mais do que isso: o biquíni made in Brazil  que, numa rara  virada de  jogo, se tornou objeto de desejo mundo afora. Apesar de ter sido criado na França, o Brasil se apropriou tão bem da peça que se tornou  referência em moda praia:  o Rio de Janeiro, seu melhor cenário, e a Garota  de Ipanema, de Tom Jobim e Vinícius  de  Moraes, sua maior musa, seguida pela modelo Giselle Bundchen.
De um exemplar autêntico de  1895 (um vestido de lã com bloomer), passando pela conquista do maiô de perninha até chegar ao mínimo fio-dental, nota-se  como os  modelos  de cada época refletem  as respectivas  conquistas da mulher - muitas vezes tema  de grandes escândalos, seja com a atris brasileira Leila Diniz expondo sua barriga de  grávida num biquini em 19971, seja  com a prisão da nadadora olímpica australiana Annette Kellermann em 1907 por usar o então maiô masculino.
A pesquisa deixa claro também que os protagonistas da história, tanto criadores  como  criaturas, não se deram conta da  relevância de seus atos e  do impacto que provocariam  na sociedade  e na arte  ao longo do século 20.
E através da arte, o biquíni ganha outras perspectivas. A exposição cria diálogos e  contrapontos entre arte e moda, de  onde surgem texturas, cores e emaranhados  ao mesmo tempo que levam para a praia do Rio  de  Janeiro o despojamento,a diversão, o espudor, o corpo solto.
A obra Stripencores de Nelson Leirner de 1967 ganha um quinto elemento. o biquíni, criado especialmente para a mostra.
Os vários modos de estar e de ocupar  os  territórios de liberdade que a praia, o sol, o mar  e o biquíni permitem são retratados em obras  de  suportes variados como fotografia, pintura, escultura, vídeo, ilustração. De cada um deles surge uma interpretação, uma discussão ou um simples ato da contemplação.
As ppaisagens, a natureza, o comportamento ao ar livre e a apropriação de espaços geográficos, sociais e até virtuais indicam que o biquíni pode se  apresentar de  muitas formas, mas sempre traz consigo a busca da liberdade feminina e sua relação  com o próprio corpo.

Curadora: Lilian Pacce

Exposição :  CCBB- RJ

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