Ministério da Cultura
e Banco do Brasil apresentam Yes! Nós
temos Biquíni, exposição sobre uma das peças mais icônicas do vestuário feminino e o seu papel na
emancipação da mulher.
Organizado por Lilian
Pacce, a mostra reúne obras diversas, entre fotografias, pinturas, desenhos,
instalações, artefatos históricos, material iconográfico e peças de vestuário. Performances, oficinas, debates
e um ciclo de cinema estão também
incluídos na programação, que aborda a transformação da moda praia
e sua relação com quebras de paradigmas
culturais. A exposição mostra a evolução
do traje de banho desde o século 19 até os dias atuais, com roupas originais e provenientes de acervos nacionais
e internacionais.
Com a realização deste
projeto, o Centro Cultural Banco do Brasil reafirma o seu apoio às artes visuais e contrubui parra a
discussão de temas relevantes, como a liberação
feminina e a imposição de padrões de beleza e
de comportamento social.
Centro Cultuural Banco do
Brasil
Yés! Nós Temos Biquíni
explora as conexões entre moda,
arte, comportamento e história
à partir do final do século 19,
quando ir à praia era como tomar remédio tinha apenas função
terapêutica. Desde então, a praia se
tornou um espaço democrático
de lazer, onde convivem jovens e velhos, ricos e pobres, magros e gordos,
atletas e sedentários, branquelos, bronzeados e
gente de todas as cores com seus
"corpos de praia".
Acima de tudo, a
exposição pretende mostrar a força da
menor peça do vestuário feminino: o
biquini. E mais do que isso: o biquíni made in Brazil que, numa rara virada de
jogo, se tornou objeto de desejo mundo afora. Apesar de ter sido criado
na França, o Brasil se apropriou tão bem da peça que se tornou referência em moda praia: o Rio de Janeiro, seu melhor cenário, e a
Garota de Ipanema, de Tom Jobim e
Vinícius de Moraes, sua maior musa, seguida pela modelo
Giselle Bundchen.
De um exemplar autêntico
de 1895 (um vestido de lã com bloomer),
passando pela conquista do maiô de perninha até chegar ao mínimo fio-dental,
nota-se como os modelos
de cada época refletem as
respectivas conquistas da mulher -
muitas vezes tema de grandes escândalos,
seja com a atris brasileira Leila Diniz expondo sua barriga de grávida num biquini em 19971, seja com a prisão da nadadora olímpica australiana
Annette Kellermann em 1907 por usar o então maiô masculino.
A pesquisa deixa claro
também que os protagonistas da história, tanto criadores como
criaturas, não se deram conta da
relevância de seus atos e do
impacto que provocariam na
sociedade e na arte ao longo do século 20.
E através da arte, o
biquíni ganha outras perspectivas. A exposição cria diálogos e contrapontos entre arte e moda, de onde surgem texturas, cores e
emaranhados ao mesmo tempo que levam
para a praia do Rio de Janeiro o despojamento,a diversão, o espudor,
o corpo solto.
A obra Stripencores de
Nelson Leirner de 1967 ganha um quinto elemento. o biquíni, criado especialmente
para a mostra.
Os vários modos de estar
e de ocupar os territórios de liberdade que a praia, o sol,
o mar e o biquíni permitem são
retratados em obras de suportes variados como fotografia, pintura,
escultura, vídeo, ilustração. De cada um deles surge uma interpretação, uma
discussão ou um simples ato da contemplação.
As ppaisagens, a
natureza, o comportamento ao ar livre e a apropriação de espaços geográficos,
sociais e até virtuais indicam que o biquíni pode se apresentar de
muitas formas, mas sempre traz consigo a busca da liberdade feminina e
sua relação com o próprio corpo.
Curadora: Lilian Pacce
Exposição : CCBB- RJ
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