A exposição “O poeta voador, Santos Dumont” apresenta a capacidade do
inventor brasileiro, um visionário que se dedicou à ciência e à
tecnologia inspirado pela arte. Com linguagem audiovisual e atividades
interativas, o ambiente inclui protótipos das principais criações de
Santos Dumont e duas réplicas em tamanho real: logo na entrada do Museu,
o pioneiro 14bis; e, no local da exposição, o avião Demoiselle, mais
completo projeto do inventor.
O objetivo da exposição é destacar Santos Dumont como um jovem
empreendedor adepto de conceitos ainda hoje atuais: disponibilizava seus
projetos para que fossem replicados, em vez de registrar patente, em
uma espécie de creative commons antes de o termo existir; um
dos primeiros designers contemporâneos do país, com traços precisos,
simples e funcionais; um dos brasileiros mais célebres do mundo, que
lançou moda em Paris, capital do mundo no início do século passado.
No ano em que se comemoram 110 anos do voo do 14bis – o primeiro
oficialmente homologado da História –, Santos Dumont é o fio condutor
para um passeio pela história do voar. “Destacamos o lado poético e
artístico de Santos Dumont, daí o título ‘o poeta voador’. Ele era um
homem de ciências que se inspirava na arte – foram as histórias de Júlio
Verne, por exemplo, que o despertaram para o sonho de voar. Na
exposição, mostramos que exercitar a criatividade é uma forma de
impulsionar descobertas”, diz o curador Gringo Cardia.
“Queremos valorizar a capacidade brasileira de inovar e de fazer
ciência, motivando jovens e crianças para a atividade científica”,
define o curador do Museu do Amanhã, Luiz Alberto Oliveira, que destaca a
importância de celebrar o inventor brasileiro em um período em que o
Rio de Janeiro receberá muitos turistas, por conta das Olimpíadas.
“Santos Dumont é uma figura icônica. Ele criou não só um artefato que
voa, mas determinou o processo de voar.”
Visitante poderá experimentar avião
A exposição se divide em cinco ambientes. Na sala principal, sete
modelos em escala reduzida criados por Santos Dumont – do balão Brasil
ao avião Demoiselle, síntese de todos os seus projetos, passando pelo
14bis – mostram a evolução da tecnologia desenvolvida pelo inventor. Em
telas interativas, desdobram-se várias camadas de conteúdo, reunindo
documentos, imagens e fotos históricas digitalizadas.
Um Demoiselle em tamanho real (construído na Cidade do Samba e
transportado para o Museu do Amanhã) estará em exposição e os visitantes
concorrem a um “voo” virtual por Paris e Rio de Janeiro do início do
século XX, por meio de uma edição de vídeo. Um documentário sobre a
trajetória de Santos Dumont ocupa a sala Cinema, enquanto na Sala dos
Balões um filme passeia pelas invenções que inspiraram o poeta e a
evolução do sonho de voar, desde os desenhos de Leonardo Da Vinci.
De forma lúdica, o visitante tem contato com conceitos de Física como
aerodinâmica e mecânica de motores na sala da Oficina de aviões de
papel: lançados em uma pista, os aviõezinhos acionam o Jogo das
Curiosidades, em que vídeos mostram informações sobre o funcionamento
das aeronaves e muitas outras curiosidades.
A exposição “O Poeta Voador, Santos Dumont” tem patrocínio exclusivo
da Shell Brasil e apoio do Governo Federal, por meio da Lei Federal de
incentivo à Cultura. A exposição oferece audioguia em inglês e espanhol,
para o público estrangeiro, videolibras e audiodescrição.
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