24 DE MAIO 18H
LOCAL:
Teatro Municipal de
Niterói - Rua XV de Novembro, 35 • Centro • Niterói
Valor: R$ 20 – R$
10 para estudantes da AFN
Duração: 1h /
Faixa etária: a partir de 10
anos
O
espetáculo envolve dois seres humanos em um ambiente vazio como dois
sobreviventes da humanidade agarrados em suas bolas e tendo um ao outro para
sobreviver. Trata-se de um malabarismo minimalista que tenta esgotar a relação
com o tempo, é uma poesia trágica de tirar o fôlego. O duo ascende através a
prisma do malabarismo, todas as facetas de uma relação entre um homem e uma
mulher: atração, sedução, fusão, dependência e solidão...
Seguindo uma visão do malabarismo que descarta
o interesse estritamente espetacular em proveito do desafio dramático e
poético, POST confronta dois seres humanos, no meio do vácuo, como dois
sobreviventes da humanidade que se agarram às bolas e ao outro para subsistir.
Uma relação com vibrações melancólicas exaltada por um potente som pós-rock,
entre comunhão abstrata e melodrama sensível.
POST concentra-se na relação com o outro, com o
espaço e o tempo, explorando deslocamentos, verticalidade, apoios, impedimento,
resistência, e fala do humano, da sua irremediável solidão e, ao mesmo tempo,
da interdependência entre os homens.
Quando os dois começam o malabarismo, assim como
se mergulha de uma ponte de 15m, a respiração curta, o olho escrutador, a mão
elétrica, surge a linguagem comum, a necessidade do outro… e forja-se esta relação
estranha, entre obsessão e cumplicidade, uma vital (fatal?) dependência…
A companhia:
A companhia foi fundada por Elsa Guérin e
Martin Palisse, que desenvolvem juntos há 12 anos uma relação singular com o
malabarismo, de cunho minimalista e sensível, e se dedicam à criação de objetos
artísticos que interrogam o potencial teatral e coreográfico do malabarismo,
questionando conjuntamente escrita e dramaturgia para o circo hoje.
Criaram juntos várias peças, divulgadas na
França e no exterior (Coreia do Sul, Japão, Peru, Argentina) e encenaram várias
vezes o casal e o drama humano em geral, em tonalidades, ora burlescas, ora
mais trágicas (Dans quel sens?, Skratch,
Une nuit sur Terre, BODYnoBODY, SomeBODY).
Cada uma das criações da companhia é geralmente
fruto de uma colaboração com artistas vindos do circo, da dança, do teatro ou
da música, numa vontade de abertura, de compartilhamento e de desafios
renovados.
Para a criação de POST, Elsa Guérin e Martin
Palisse são autores, intérpretes, diretores, cenógrafos, e assinam também luz e
figurinos, na vontade, e a necessidade, de criar um universo totalmente pessoal
e sem concessão.
Desde 2006, a companhia trabalha com a sua
própria lona, dando um sentido novo às pesquisas, ao processo de criação, e à
divulgação dos espetáculos.
Também desde 2006, a companhia é subvencionada
e acolhida em residência com a sua lona, pelo Teatro de Cusset (2006-10) e por
Sémaphore, palco subvencionado de Cébazat (2010-13).
Enquanto artistas associados, Elsa Guérin e
Martin Palisse desenvolvem aí, além das suas próprias criações, uma
sensibilização à criação contemporânea em circo (ensaios abertos, oficinas de
prática artística…) e tentam fazer da lona uma ferramenta de compartilhamento
(recepção de companhias ou artistas - ensaios, representações -,
disponibilização para o festival Sémaphore
en chanson…).
Curriculum vitae
Elsa Guérin
Malabarista e atriz de
circo/Autora, diretora, coreógrafa dos seus espetáculos
Iniciada muito cedo à expressão artística
(desenho, dança, teatro), escolhe primeiramente estudar artes plásticas (Escola
de Belas Artes de Clermont-Ferrand) ao mesmo tempo em que fica com um pé no
palco como cantora de uma banda de rock (Violett Fuzz). Em 1997, o malabarismo
(descoberto já em 95) revela-se a ela como a síntese possível da sua
necessidade de expressão cênica, gráfica, sensível e poética. (...) Também é
intérprete em Rain /Bow (Cie ARMO - Jérôme Thomas) na temporada 2008/09.
Martin Palisse
Malabarista e ator de
circo/Autor, diretor, coreógrafo dos seus espetáculos
Após uma prática muito física já na infância
(judô, corrida), alguns encontros circences na Escola do circo Yole e uma
descoberta da arte do palhaço, foge do colégio para aderir ao malabarismo que
encontra em 1997. (.)Também é
intérprete em Passage des Emboîtés
(2005/Cie Les Apostrophés - Martin Schwietzke). 2007: torna-se vice-presidente
do Sindicato do circo de criação, presidente em 2009, reeleito em 2010, 2011 e
2012.
Um percurso comum há 12 anos
Primeiro autodidatas, formam-se junto a Jérôme
Thomas, Nadejda Aschvits, Maksim Komaro, Martin Schwietzke...O seu encontro
(artístico) em 1999 cristaliza o seu desejo comum de trabalhar para o
malabarismo e o circo contemporâneo.
Em 2000, fundam a companhia e criam o seu 1°
espetáculo Dans quel sens? para o
qual colaboram com Lân Nguyen, e, mais tarde, com Philippe (Phia) Ménard. Até
2004, paralelamente à turnê dessa primeira peça, participam dos laboratórios de
pesquisa para um balé malabarístico com Jérôme Thomas. Criam também: Skratch,
Une nuit sur Terre, BODYnoBODY, SomeBODY, POST e diversas formas efêmeras durante eventos
particulares (recentemente Blind / Action 1).
Convidam o coreógrafo Hervé Diasnas (com quem
conviveram na prática do movimento até 2005) quando das criações de Une nuit sur Terre e BODYnoBODY, e iniciam então a prática do
voo com malabares.
Efectuam também um trabalho de oficinas em
torno da sua prática do malabarismo, como nos projetos com Art Lab Ova em
Yokohama (Japão, 2005), ou a Escola de circo La Tarumba em Lima (Peru, 2010).
Em 2006, começam uma opção pelo circo com um
primeiro espetáculo sob a lona (Une nuit
sur Terre).
Desde então, fazem um trabalho itinerante, mas
também sobre a relação com o território de implantação da companhia,
particularmente no âmbito das residências com os teatros de Cusset e de
Cébazat. E, sobretudo, experimentam a criação e a divulgação sob a lona da
companhia, a escrita para o círculo, sempre aprofundando a sua visão do
malabarismo e a sua encenação do drama
humano.
Romuald Collinet
Autor,
diretor, ator, apregoador, marionetista
Iniciado muito novo às artes da rua e à boemia
aventureira, cria aos 17 anos espetáculos de teatro de marionetes e é assim que
ganhará a vida durante uns dez anos. Começa a estudar na ESNAM em
Charleville-Mézières, mas deixa a escola antes de terminar os estudos para
aprender os arcanos de Polichinelo e dar vida ao seu personagem nas ruas de
Nápoles. Assim nutrido de tradição popular, vem encontrar Estelle Charlier para
trabalhar dentro de La Pendue em pesquisas contemporâneas. Criaram juntos Le Remède de Polichinelle, Poli Dégaine, e, em outubro de 2010, Hors l’Ombre. Trabalha também como
assistente de direção para outros projetos (La
Vieille et la Bête, Ilka Schonbein/Teatro Meschugge, em 2010).
POST NA MÍDIA
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Télérama Programas TTT
(Stéphanie Barrioz, outubro de 2011):
“Com esta
novíssima criação, o casal malabarista formado por Elsa Guérin e Martin Palisse
nos leva longe, bem longe, além (“pós”) da proeza, ao mesmo tempo em que a
integrou totalmente (fazem malabarismo com três bolas apenas, mas com uma
destreza impressionante). Em três atos - o primeiro, potente e estético, o segundo, mais lento e
surpreendente, o terceiro, absolutamente terrível -, o duo faz viver, através
do prisma do malabarismo, todas as facetas de uma relação entre um homem e uma
mulher (atração, sedução, fusão, dependência, solidão…). Tudo isso com um
fabuloso som “pós” - rock. Belo e deslumbrante. “
Le Populaire du Centre (Muriel
Mingau, agosto de 2011):
“Post é uma pequena
joia. Nesta peça
notável, não se sabe de onde surgem os malabaristas… Um grande domínio técnico
contribui para a força deste espetáculo cheio de mistério, graça e elegância.
Esta obra arrebatadora provoca a emoção (...), o estado daquele que se sente
atingido na sua humana condição. (e) tanto na intenção quanto na estética, (ela) chega à beleza.”
MOUVEMENT (Julie Bordenave, janeiro de
2012/n°62):
Circo de autores/Entrevista cruzada com a Cia
Un loup pour l’homme: A essência do gesto “Abrindo
novos rumos para o circo contemporâneo, o Circo Bang Bang e a Cia Un loup pour
l’homme dedicam-se a explorar o desafio dramático que emerge naturalmente da
sua disciplina.”
La Scène (inverno 2011/n°63)/:
Sessão As paixões dos críticos /Julie Bordenave em Stradda et Mouvement > POST
pelo Circo Bang Bang: “Um condensado do gesto circense: malabarismo minimalista que tenta
esgotar a relação com o tempo, ao mesmo tempo em que explora o espectro da
relação dual. Uma poesia trágica de cortar o fôlego, ao mesmo tempo irrisória e
essencial, e por isso mesmo visceralmente universal.”
Stradda (Julie Bordenave, janeiro de
2012/n°23):
“O Circo Bang Bang abre novo capítulo na história do
malabarismo, de beleza fulgurante e de pertinência feroz .”
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